O primeiro mês de 2025 trouxe desafios e oportunidades para o comércio exterior brasileiro. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o saldo da balança comercial até a quarta semana do mês registrou um superávit de US$ 2,4 bilhões, resultado de exportações que totalizaram US$ 20,4 bilhões e importações de US$ 18 bilhões. Apesar do crescimento de 5,1% na corrente de comércio em relação a 2024, as exportações tiveram uma leve queda de 1,2%, enquanto as importações cresceram 13,3%.
Destaques Setoriais
· Agropecuária: Queda de 9,5% nas exportações, enquanto as importações aumentaram 29,2%, conforme dados da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
· Indústria Extrativa: Redução de 10,2% nas exportações e leve queda de 2,8% nas importações, de acordo com o Banco Central do Brasil (BCB).
· Indústria de Transformação: Crescimento expressivo de 6,2% nas exportações e alta de 13,8% nas importações, segundo análise do MDIC.
Cenário Global e Tensões Comerciais As incertezas geopolíticas e as novas políticas protecionistas estão movimentando os mercados internacionais. Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), a possível imposição de tarifas pelos Estados Unidos sobre importações do México e Canadá tem gerado preocupações nas cadeias globais de suprimentos, com impactos diretos no comércio exterior brasileiro.
Perspectivas para 2025 A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) projeta um crescimento de 5,7% nas exportações este ano, atingindo US$ 358,8 bilhões. O superávit comercial pode chegar a US$ 93 bilhões, um aumento de 23,7% em relação a 2024, impulsionado pela soja, milho, petróleo e carnes.
Oportunidades e Precauções Empresas brasileiras devem manter atenção às dinâmicas globais, às oscilações cambiais e às novas regulamentações comerciais. O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta para a necessidade de adaptação estratégica para mitigar riscos e maximizar ganhos.
Fontes:
·Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)
·Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB)
·Banco Central do Brasil (BCB)
·Organização Mundial do Comércio (OMC)
·Fundo Monetário Internacional (FMI)