O impacto do “Tarifaço” de Trump no comércio Brasil-EUA

Panorama geral

Desde meados de 2025, os Estados Unidos passaram a impor tarifas elevadas — de até 50% — sobre diversos produtos de origem brasileira. Embora alguns setores tenham sido isentos dessas tarifas mais altas, o impacto para os produtos atingidos está sendo severo.


Principais efeitos observados

Aspecto Observações recentes
Exportações brasileiras para os EUA Setores atingidos pelas tarifas sofreram quedas expressivas. Agosto registrou retração de 18,5% nas vendas brasileiras para os EUA, puxada pelos itens sobretaxados.
Importações dos EUA pelo Brasil Crescimento mais lento; cadeias produtivas que dependem de insumos americanos já sentem pressão.
Setores mais afetados Café, carne bovina, frutos tropicais, têxteis, calçados, produtos industriais sem isenção.
Setores menos afetados / exceções Aeronaves, suco de laranja, energia, celulose e algumas matérias-primas, que foram contempladas com isenções.

Reações do Brasil

  • Medidas de apoio: pacote de socorro aos exportadores, incluindo linhas de crédito via BNDES e compras governamentais para escoamento da produção.

  • Negociações diplomáticas: articulação para mitigar os efeitos e tentar flexibilizar tarifas.

  • Possíveis ações legais: discussão sobre recorrer a organismos internacionais para questionar a legalidade das tarifas.


Dados recentes que ilustram o cenário

  • 35,9% das exportações brasileiras para os EUA, em valor, estão sujeitas à tarifa de 50%.

  • Antes, havia sobretaxa de 10% e depois 40%; agora, parte dos produtos enfrenta tarifa de 50%.

  • O governo lançou um pacote de R$ 30 bilhões para apoiar setores prejudicados.


Implicações de médio prazo & desafios

  • Exportadores precisarão buscar novos mercados para compensar a perda nos EUA.

  • Possível aumento de preços internos no Brasil para produtos que dependem de insumos americanos.

  • Impacto direto em cadeias produtivas integradas Brasil-EUA, como a siderurgia e a indústria pesada.

  • Risco de escalada caso o Brasil retalie ou surjam novas medidas dos EUA.


Sugestões estratégicas

  • Acelerar acordos comerciais com outros países e blocos para redirecionar exportações.

  • Focar em diferenciação, certificações e agregação de valor para reduzir vulnerabilidade.

  • Reforçar políticas de crédito, seguro-câmbio e diversificação geográfica de mercados.

  • Monitorar continuamente novas medidas tarifárias e possíveis exceções.


Conclusão

O “tarifaço” imposto pelos EUA representa um choque comercial significativo para o Brasil. Embora os resultados acumulados ainda mostrem resiliência em alguns setores, os dados de agosto apontam uma inflexão clara.
A reação brasileira — via apoio estatal, diplomacia e diversificação de mercados — será determinante para saber se esse impacto será apenas temporário ou se marcará uma mudança estrutural no comércio bilateral.

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