“Tarifaço” entra em vigor, Trump não voltou atrás.

Novo “Tarifaço” entra em vigor e tem impacto geral limitado, com setores específicos mais atingidos

Nesta quarta-feira (6 de agosto de 2025), entrou em vigor o novo pacote de tarifas dos Estados Unidos sobre importações brasileiras — medida apelidada de “tarifaço”. Em vigor desde então, a sobretaxa de 50 % incide sobre aproximadamente 35,9 % das exportações brasileiras destináveis aos EUA, o que equivale a cerca de 4 % do total das exportações do País.

Impacto geral moderado

Apesar da cifra expressiva em termos de exportações com destino aos EUA, o impacto macroeconômico tem sido considerado relativamente limitado, graças a quatro fatores principais:

  • Isenções amplas: Setores como aeronaves civis, energia, suco de laranja, minérios e fertilizantes foram poupados da sobretaxa de 50 %, reduzindo o alcance da medida.

  • Diversificação de mercados: A crescente participação da China (já responsável por 28 % das exportações brasileiras) alivia a dependência dos EUA, que representam apenas 12 % das exportações.

  • Redirecionamento possível de exportações: Governantes e entidades estimam que parte das exportações afetadas possa ser desviada para novos mercados. Ainda que o volume exato varie, a perspectiva é de que cerca de 2 % do total exportado já possa ser redirecionado.

  • Estabilidade do crescimento: Instituições como XP e Goldman Sachs revisaram levemente suas projeções, com impactos no PIB levados a menos de 0,2 ponto percentual.

Setores mais afetados

Embora o impacto agregado tenha sido moderado, alguns setores enfrentam desafios mais severos:

  • Commodities como carne, café e frutas foram diretamente atingidas pela sobretaxa.

  • Regiões como o Nordeste têm forte dependência de exportações de baixo valor agregado, como têxteis e calçados, e enfrentam maior fragilidade.

  • A indústria de transformação (máquinas, vestuário, alimentos, couro, calçados, etc.) compõe uma fatia significativa das exportações impactadas pela tarifa máxima de 50 %.

Conclusão

De forma geral, o tarifaço teve um impacto econômico moderado, graças à combinação de isenções, diversificação comercial, possibilidade de redirecionamento e previsões ajustadas de crescimento. Estima-se que cerca de 4 % das exportações brasileiras sejam agora sujeitas à sobretaxa, e que 2 % já podem ser redirecionadas, além de mais de um terço das exportações com destino aos EUA sob alíquota mais alta. No entanto, certos setores e regiões estão mais expostos, o que exige respostas direcionadas do governo e das cadeias produtivas.


Fontes consultadas

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